Via Iniciática

 

" A Iniciação desencadeia um verdadeiro despertar de faculdades psíquicas e espirituais "

Sobre a Iniciação

via iniciática é o caminho que lida á iniciação ou, segundo a nossa perspetiva, ao despertar e ao roborizar dos poderes conquistados pelo(a) feiticeiro(a) ao longo das práticas lecionadas pela confraria, através de um(a) Artesão(ã) Instrutor(a).

O fenómeno da iniciação não engloba somente uma expansão da consciência do(a) iniciando(a) por passar a ser consciente do misterioso mundo invisível que, poucos Homens, são capazes de percecionar. A Iniciação desencadeia um verdadeiro despertar de faculdades psíquicas e espirituais no indivíduo que são necessárias para a prática da Feitiçaria. Estas faculdades, também chamadas de poderes, são trabalhadas para um maior aproveitamento do potencial humano, na vida do indivíduo.

Este desenvolvimento é conseguido através de um regime mágico, cumprido através de exercícios práticos e teóricos que, ao longo do percurso, o(a) aprendiz vai recebendo através da comunicação estabelecida com o(a) seu(ua) Artesão(ã) Instrutor(a).

Ao completar estes labores, pois de trabalhos se tratam, ao atingir mestria dos mesmos, o indivíduo alcança domínio sobre si e posteriormente sobre os elementos, fundando uma ligação de poder com a Quintessência, conquistando relações e alianças frutuosas com diversas Forças Superiores ao longo do seu percurso.

O plano Divino

Quintessência é o nome que damos para a Causa Primeira de tudo quanto existe, ela é o tecido matriz das realidades e por ser incognoscível e tão abstrata à mente humana, que os Deuses são, para nós, expressões espirituais diretas desta substância criadora e mantedora da existência, portanto os Deuses são como uma ponte para este poder ilimitado, que se encontra em tudo, inclusive interligado com os Deuses.

Naturalmente, o(a) aprendiz é engradecido, tornando-se autónomo(a) para direcionar as forças criadoras com a quais se alinha, podendo com elas influenciar a sua própria vida e as suas condições, tomando rédeas sobre o seu futuro e atingindo os seus objetivos com as ferramentas sagradas, conquistadas através da Arte da Feitiçaria.

Evolução e desenvolvimento

A aprendizagem e elevação do Aprendiz, nos graus da confraria Solaris Umbra, costuma levar em média por indivíduo entre 1 a 4 anos, dependendo da proficiência, da dedicação e do comprometimento aplicado ao curriculum que inicia com o(a) Artesão(ã) Instrutor(a).

Os graus iniciáticos que classificam e atestam a evolução do sujeito na confraria são AprendizDiscípulo Artesão. Todos os graus são reconhecidos com um diploma reconhecido pela Confraria Solaris Umbra, entregues ao confrade após elevação de cada grau.

Os graus Iniciáticos

No grau de Aprendiz, o iniciando aprende a base dos conhecimentos e práticas inerentes à confraria. No grau de Discípulo é conseguida a perfeição da prática e é consolidada a aliança espiritual com as Forças Superiores, sendo desenvolvidas e conquistadas faculdades espirituais importantes. Neste grau várias disciplinas mágicas são dominadas pelo sujeito, reunindo competências necessárias para se formar com sucesso na alta feitiçaria do seguinte grau.

No grau de Artesão reconhece-se a mestria e a emancipação do Discípulo, dominando as várias matérias aprendidas e manifestando a sua vontade e propósito na sua vida através da Feitiçaria. É considerado capacitado para manter a corrente de ensinamentos transmitidos, podendo guiar outros sujeitos que, à sua semelhança, sentem o chamado para a Arte; detendo o poder de elevá-los pelos graus iniciáticos da confraria, moldando novos Aprendizes, Discípulos Artesãos.

Vale ainda especificar que os conhecimentos transmitidos na confraria são de cunho religioso (na religação do indivíduo à Natureza Primordial), filosófico e essencialmente espiritual.

Sobre a Feitiçaria

É importante referir que antes de tratarmos por Feitiçaria, outrora não havia um nome que definisse este conjunto de práticas e faculdades. Sendo a Arte associada aos mundos metafísicos e divinos, era considerada uma parte integrante da natureza transcendente que bem auxiliava a Humanidade nas suas necessidades. De referir, igualmente, que estas artes foram os pais e berço das religiões e da filosofia, assim como os estudos antropológicos o concluem ao analisar o comportamento humano e a sua evolução desde o neolítico, constatando que os vestígios mágico-religiosos antecederam os cultos religiosos organizados.

Ao longo das eras e consoante as culturas predominantes que exerceram maior influência no percurso e no pensamento da humanidade, estas práticas tanto eram amadas como repudiadas. A herança destas flutuações instaurou uma névoa de controvérsia que encobriu a profundidade e o valor das origens da Arte Sem Nome no presente.

A Feitiçaria Iniciática é uma via ativa e prática. Tal como qualquer outro ofício, apenas é aprendida e assimilada com o trabalho ativo do(a) Aprendiz; como tal a dedicação e a repetição são a chave para a mestria desta Arte.

A confraria defende que nenhum Aprendiz deve abster-se da sua religiosidade se assim a possuir antes da sua Iniciação na Arte Sem Nome e que nem um ateísta ou agnóstico é obrigado a abandonar a sua crença para aprender ou retirar proveito da Arte da Feitiçaria; para os céticos, atraídos para o Caminho, o fundamental é que durante os feitiços, rituais e cerimónias, detenham a capacidade de suspender o ceticismo e o sentido crítico temporariamente durante os ofícios, de modo que não se autocondicionem ao fracasso.

A postura e força mental são essenciais para permear ou não o congresso com a natureza oculta, assim como em qualquer outra atividade quotidiana. Se o praticante não adquirir uma postura receptiva, nada poderá receber em si, permanecendo fechado em si mesmo. Há que existir uma predisposição para o indivíduo ser livre-pensador, de modo que os seus padrões de crença não interfiram com o labor metafísico.  

A confraria muda muitos padrões mentais, principalmente nos céticos que se sentem atraídos para estas matérias e estabelecem contacto com a confraria. Ao se tornarem Aprendizes, aquando da prática correta, adquirem uma mudança de consciência perante a inevitável surpresa e constatação dos resultados que conseguem alcançar pelo meio da Feitiçaria.

" a dedicação e a repetição são a chave para a mestria desta Arte "